Dicas para escrever contos

por Wendy Conrad Jones


Apesar da fantasia ser maravilhosa e tão perfeitinha, escrever contos não é um conto de fadas. 

Calma, não se assuste ainda. É sim muito gostoso escrever seus próprios textos, mas tem dificuldades que devem ser evidenciadas na hora de criar um bom conto. Não consigo abordar tudo, mas posso dizer algumas dicas relevantes para ajudar você a melhorar suas histórias!



Escrever contos é como escrever qualquer texto, mas agora, na busca por integrar seu leitor a uma história. Um ambiente. Um cenário. Um novo universo. Nesse caso, todos os detalhes importam, grandes ou pequenos. 

Não quero tomar muito do seu tempo, então vamos começar já!

Gramática

"Nossa, que novidade..."

Calma, okay? Deixa eu desmembrar isso, antes de tudo.

Como citei anteriormente, os menores detalhes são muito importantes para a construção geral da história. Gramática entra em um dos tópicos por conta da seleção das palavras, e da precisão quanto à sua escrita. Quando você quiser escrever algo errado, para indicar uma cena cômica, por exemplo, precisará pelo menos saber escrever aquilo corretamente.

Quando tiver dúvidas sobre palavras, expressões ou na progressão das frases, pesquise. Pergunte. Resolva essas dúvidas. Há diversas opções para sanar seus problemas quanto a gramática, então não venha me dizer que você errou porque "não tinha certeza"!

Suas principais fontes podem ser pessoas melhores capacitadas, como professores; a internet todinha; inteligências artifiaciais, como o chat GPT; livros; e referências, tais como outros livros.


Situação

Agora, sobre os contos, lembre-se de considerar a situação que você está descrevendo. 

Pode ser estranho, mas certas vezes, falar errado pode ser o caminho certo. A estrutura lúdica do seu conto pode não ter uma boa educação predominante entre os personagens, ou um personagem, em específico, pode trazer um dialeto diferente e menos rebuscado. 

Errar, nesse quesito, faz parte da situação, e não da linguagem alvo do livro. Por exemplo, um personagem caipira costuma cortar as palavras, e usar de muitas expressões curtas do seu cotidiano.

— Uai, meu plantio até que resistiu bem ao fri, sô. 'Cê devia tentá a mantinha tamém, rapai.

Ou então, uma pessoa que fala mais em gírias, que também usa seu próprio vocabulário, mas próprio de onde vive.

— 'Tá me tirando, irmão? Tá ficando doido, meu chapa? N'é assim que as coisas funcionam por aqui não, viu. 

Claro, o conteúdo precisa estar bem escrito e acentuado de todo modo! Situações de dentro do universo descrito não são desculpa para erros gramaticais, mas sim para haver articulações!


Acentuação

Segundo ponto crítico da escrita imersiva. Acentuação e pontuação no texto são a emoção e o ritmo de leitura do leitor. Não só isso, como também pausas, fim de frases, interrupções de fala, entonação, velocidade de pronúncia… Tudo!

Muitas emoções podem ser sintetizadas apenas com a organização correta dos pontos, evitando uma longa adição de texto para explicar as emoções de um personagem.

"Lutaremos até a morte." > "Lutaremos até a morte!"
"Me sinto perdido." > "Me sinto... perdido..."
"Não vejo a hora de comer Jesus." > "Não vejo a hora de comer, Jesus."
"Devagar a gente aprende a dar, um passo de cada vez." > "Devagar, a gente aprende a dar um passo de cada vez."

Um grande conto pode estar perfeito diante da gramática e da semântica. Porém, sem os acentos corretos, que são os míseros detalhes, o conto não terá emoções! A compreensão do ritmo de leitura tornará as coisas irritantes e monótonas de serem lidas. Os personagens falarão sempre diante do mesmo tom e ritmo, sem carisma e autenticidade alguma.

Caso tenha dúvidas quanto a alguma pontuação, fale o trecho em voz alta e veja se tem algo de estranho. E então, claro, pesquise.




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